A reinvenção dos imóveis no pós pandemia

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Presenciamos um momento histórico para a humanidade: A pandemia. Mudança de muitos hábitos que fazem parte da rotina de toda a população. Mudanças que envolvem consumo, convivência, moradia, trabalho – e os imóveis são parte ativa neste processo. Veja o que mudou na busca de residências e no comércio.

Quando falamos que os imóveis fazem parte de todos os nossos hábitos, para nós, que temos contato diário com o mercado imobiliário, é muito claro perceber essa ligação. Veja bem, quando você marca de encontrar com amigos, na grande maioria das vezes há um local específico para este encontro, seja um restaurante, bar, cinema, shopping…

E com a pandemia, passamos a perceber outras necessidades em comércios, no trabalho e até em casa. Por isso, fizemos um estudo rápido nos principais jornais online, para entender como a população está reestruturando seus imóveis e atender todas as novas demandas da sociedade.

A mudança na estrutura dos imóveis residenciais

Com as novas necessidades, surgiu a alta demanda na reinvenção dos imóveis residenciais para acompanhar a rotina da população brasileira. Espaços divididos, lazer e trabalho no mesmo imóvel, e mudança em muitos móveis para atender à nova normalidade.

Trabalhar olhando para a cama do quarto de visitas, fazer exercício ou receber clientes na sala de estar… Muitas dessas atitudes passaram a ser comuns, mas isso não é nem um pouco saudável.

Misturar o pessoal com o profissional se mostrou um grande problema psicológico ao longo de todo esse tempo. Quem passou a trabalhar em casa se percebeu com acúmulo de trabalho, por não conseguir separar os assuntos pessoais dos profissionais.

E por isso, os imóveis precisaram de uma reinvenção para oferecer conforto e qualidade de vida aos moradores.

Leia também: Saúde mental e intervenções psicológicas diante da pandemia do novo coronavírus (COVID-19)

O blog da G1 publicou, em julho de 2021, o texto: Entrada privativa para escritório, área para pouso de drones, telão para aulas virtuais: setor imobiliário se adapta ao pós-pandemia.

Nele, o autor explora alguns projetos de empreendimentos que foram adiados para se adequar às mudanças de hábitos e necessidades que falamos logo acima.

artigo traz de exemplo algumas situações relevantes:

  • Quartos que foram transformados em escritório;
  • Abertura de entrada na residência com espaço privativo, levando direto ao escritório;
  • Varandas e janelas ampliadas para entrada de iluminação natural e ventilação, já que a população está passando mais tempo em casa;
  • Áreas comuns repensadas;
  • Mais espaço para armazenamento, caso a atividade do morador envolva produção, encomendas e delivery;
  • Espaço para animais de estimação;
  • Estacionamento rotativo.

Leia tambémSucesso na crise: comércio online do país cresce 68% na pandemia.

Tudo isso em pouco tempo, para oferecer qualidade de vida aos moradores e garantir que os imóveis colaborem com o ritmo das novas rotinas. Vamos falar a seguir mais especificamente sobre o home office, que faz parte da rotina da grande maioria das pessoas. Porém, a reestruturação se dá não somente para ele, mas para diversos outros setores da vida, como o empreendedorismo, estudos e saúde física.

Imóveis residenciais adaptados para o home office

Estadão Imóveis publicou uma matéria em junho de 2021, falando sobre como o home office virou o novo sonho do brasileiro na pandemia.

“Se no começo da pandemia a corrida geral foi para adaptar ambientes da casa para teletrabalho, ensino a distância, atividades físicas e convívio familiar, agora as pessoas querem morar em imóveis que já estejam prontos para atender às demandas do “novo normal”. Segundo a 4.ª rodada da pesquisa Influência do Coronavírus no Mercado Imobiliário Brasileiro, realizada pelo DataZap (braço de inteligência imobiliária da Zap+), a pandemia não só fez a busca por imóveis crescer, como também mudou as características mais desejadas na nova casa.” Estadão.

Segundo a pesquisa do DataZap, 62% dos entrevistados dizem que os ambientes precisam ser bem divididos, e 45% destas pessoas desejam mais espaço em seu imóvel residencial.

matéria ainda traz o relato de Edivaldo Constantino, economista do DataZap:

“Mais pessoas da mesma família passaram a ficar mais tempo dentro de casa dividindo o mesmo espaço, o que aumentou a necessidade de ambientes dedicados e adequados para o trabalho remoto”, afirma o especialista. “O mercado imobiliário aproveitou a oportunidade para se adaptar à nova realidade, por exemplo, implementando plantas que atendam a essa demanda.”

Ou seja, além das questões decorativas, como a mudança de mobília, os imóveis passaram por reestruturações em suas plantas. As construtoras planejam oferecer ao público as novas demandas, e a pergunta que deixamos aos proprietários agora é: O que você pretende fazer para competir com a atualização do mercado imobiliário?

Com o home office, os imóveis comerciais serão abandonados?

A verdade é que, assim como os imóveis residenciais, os comerciais também precisaram passar por todo um processo de reinvenção e adaptação. Mas não, eles não serão completamente abandonados!

Muitas empresas adotaram o modelo remoto logo no início da pandemia, e até hoje não voltaram presencialmente com todos os funcionários. Uma ação que se tornou comum foi o modelo híbrido.

“A empresa de consultorias de treinamentos Afferolab, que também precisou trabalhar remotamente e às pressas, hoje não pretende voltar ao sistema presencial. Com 400 colaboradores, já até entregou o escritório com três andares e foi para um local menor. 

‘Nós mandamos as pessoas para casa assim que soubemos que entramos na pandemia. Fizemos um mapeamento sobre quem tinha internet e qual a estrutura em casa e fomos atendendo as demandas. Agora, não voltaremos mais ao escritório de maneira nenhuma. O escritório é plano B, e home office é o plano A”. Conta Daniela Libâneo, diretora de Learning Trends da empresa, em uma entrevista à CNN Brasil.

Essa alta demanda foi o que intensificou todos os problemas e reestruturações que falamos até aqui. Mas um ponto importante colocado em um outro artigo, na revista ‘6 minutos’ da Uol, explora um pensamento interessante:

Com o home office, os imóveis comerciais serão abandonados?

O imóvel comercial é extremamente dependente do perfil de uso. No mundo corporativo sempre houve a necessidade de estar in loco, mas a pandemia mostrou que, mesmo sem a pessoa no lugar, o trabalho funciona. Os bancos, por exemplo, estão cada vez mais tecnológicos, e, por isso, estão fechando agências”, afirma Gabriel Souza, especialista em mercado imobiliário e sócio do IBC (International Business Consulting).” Revista 6 minutos.

Seguindo este pensamento, já que muitos modelos de negócio – como os bancos – passaram a abandonar seus grandes imóveis e prédios comerciais. Migrando para ambientes menores que atendam à necessidades pontuais de encontros das equipes. O que os proprietários destes grandes imóveis podem fazer para manter o seu patrimônio rendendo é repensar no público que ainda precisa desses espaços.

Ainda segundo o artigo, o home office não é a realidade da maioria dos brasileiros:

“Na pandemia, as empresas conseguiram se adaptar ao home office, mas isso, no longo prazo, não vai se manter integralmente. As empresas vão continuar precisando de espaços físicos, e a retomada poderá vir de novas empresas que estão chegando ao mercado e daquelas que estão crescendo”, afirma Fernando Didziakas, sócio-diretor da Buildings, empresa especializada em pesquisa imobiliária corporativa.”

A reinvenção dos imóveis comerciais

Correio Braziliense trouxe o caso de uma confeitaria que foi completamente afetada no início da pandemia. No início da crise os empreendedores se viram obrigados a demitir diversos funcionários, comprovando que toda essa situação afeta não somente as empresas, mas a vida pessoal dos funcionários.

“A pandemia do novo coronavírus derrubou em 70% o faturamento da confeitaria que Daniel Viana mantém com os pais em Sobradinho. Mas eles não se deixaram abater e aproveitaram a crise para reinventar o próprio negócio. Hoje, a empresa está mais moderna e a família já conseguiu recuperar boa parte das perdas sofridas no início da quarentena. E eles não são os únicos. Segundo o Sebrae, apesar da contração da atividade econômica e das dificuldades de acesso ao crédito, as micro e pequenas empresas brasileiras estão começando a se adaptar ao novo normal.” Correio Braziliense.

O empreendedor percebeu a possibilidade de crescimento e agiu rapidamente, reinventando o seu modelo de negócio. Antes, a confeitaria se limitava ao atendimento presencial, e hoje, está totalmente adaptada ao delivery, com um novo cardápio voltado para o novo modelo de consumo.

“O primeiro choque foi pesado, mas, a partir daí, começamos a definir estratégias do que poderia ser feito. Por isso, conseguimos uma recuperação interessante com o passar do tempo. Depois de cair a 30% do faturamento normal, vimos as receitas crescendo cerca de 10% por semana. E, hoje, já recuperamos quase 90% das receitas”, conta Daniel à revista.

Mas, o que tudo isso tem relação com a reinvenção dos imóveis comerciais?

Os negócios que podem adotar o home office estão completamente convencidos a abandonar os locais físicos. Mas como trouxemos no tópico anterior, sempre existirão negócios precisando de uma rotina presencial para cumprir com seu objetivo de mercado, e a história da confeitaria de Daniel é um ótimo exemplo para isso.

Sempre haverá procura por todo tipo de imóvel, a sociedade ainda mantém os hábitos de consumo, e um novo perfil de empreendedor vem surgindo e se firmando no mercado. Por isso, surge também a necessidade dos proprietários de imóveis em adaptar os locais para atender essa nova demanda:

➡ É o momento do comércio local!

As grandes empresas ficaram em segundo plano, e muitas pessoas estão passando a valorizar mais o comércio local, já que estão mais tempo em casa. Aproveite o momento para focar neste público, atrair negócios que sempre precisam de local físico de produção ou estoque pode ser a chave.

Conclusão

Casas e apartamentos adaptados para uma rotina totalmente voltada para o interior do imóvel. Empresas adotando o home office e abandonando grandes espaços. E com isso, o aumento na demanda de pequenos negócios crescendo e buscando por ambientes maiores.

A reinvenção dos imóveis comerciais e residenciais está em ascensão. E por isso, as maiores dicas para os proprietários de imóveis residenciais que colocam seu patrimônio para aluguel é:

  1. Reestruturar os espaços;
  2. Pensar na rotina do inquilino, oferecendo conforto para lazer e trabalho;
  3. Ampliar os ambientes para atender à rotinas sociais.

E para os proprietários de imóveis comerciais:

  1. Mudar o foco do público para quem você oferece seu imóvel;
  2. E com isso, reestruturar os ambientes, focando em coworking, lojas com espaço para embalar pacotes – atendendo à demanda de entregas e delivery, negócios locais que estão crescendo;
  3. Em imóveis menores, como salas e escritórios, voltar a oferta para o público que antes buscava por ambientes maiores é a solução.

Atualmente há uma grande relação entre os imóveis residenciais e comerciais. Existe um público que migrou das empresas físicas e hoje demanda necessidades de trabalho dentro de casa. E existe o público que ainda necessita de locais físicos para continuar em suas atividades comerciais, mas hoje em alta demanda.

Nosso maior conselho aos proprietários de imóveis, é que busque a reinvenção para acompanhar as atualizações do mercado imobiliário. Caso contrário, seu patrimônio ficará parado no tempo.

Está precisando de ajuda na gestão dos seus imóveis? Fale com a gente! Ou, se preferir, leia O que uma imobiliária pode oferecer?

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