Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria Brain, a quarentena acabou provocando valorização de imóveis com cômodos mais amplos e maior conforto.
A quarentena provocada pela pandemia do novo coronavírus, obrigou as pessoas a passarem mais tempo em casa. O que acabou resultando em uma valorização e aumento no mercado imobiliário em geral. A conclusão sobre a valorização de imóveis é de uma pesquisa, realizada pela consultoria Brain.
Os números positivos trazidos pela pesquisa, acabaram repercutindo em diferentes veículos de comunicação do Brasil. De acordo a reportagem da Revista Exame, 1.700 consumidores ouvidos pelo levantamento passaram a repensar o local onde moram e o tipo de imóvel.
O Jornal Correio Braziliense, da capital federal, divulgou sobre como o mês de maio foi positivo, com o aumento no setor imobiliário. De acordo com a pesquisa no Indicador de Velocidade de Vendas (IVV), Brasília teve um índice de 9,1% para o segmento residencial.
Sendo este o número mais alto registrado para o mês de maio, há seis anos. O que confirma uma expectativa para que o mercado volte a aquecer ainda mais.
Atualmente, segundo o levantamento apresentado pela Brain, cerca de 10% das pessoas que antes procuravam um apartamento, hoje buscam uma casa.
Enquanto isso, para 20% a pandemia influenciou na escolha do imóvel, devido a quantidade de cômodos.
Essa mudança se deu porque com a pandemia, as pessoas estão ficando mais em casa, e desta forma passando a valorizar o espaço doméstico. Além da necessidade em ambientes melhor distribuídos, espaçosos e confortáveis.
Com as aulas de escolas e universidades suspensas sendo feitas de modo online e muitas pessoas em trabalho remoto, está crescente a valorização do espaço no lar. Mas ficar tanto tempo dentro de casa fez com que todos passassem a refletir a necessidade em ambientes separados.
Também passou a influenciar no sonho do futuro, e hoje, para conquistar a casa/apartamento próprio, as necessidades mudaram.
Além do tipo de imóvel, segundo Luiz Antonio França, presidente de Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em entrevista a Exame. Muitas pessoas começaram a considerar a busca por imóveis em um raio de 100 até 120 quilômetros, dos centros das cidades.
Isso porque com a pandemia, por conta do home office, os deslocamentos ficaram menos frequentes ou mais fáceis de serem realizados.
Valorização de imóveis gerando intenção de compra
De acordo com a pesquisa de consultoria Brain, apresentada na reportagem da Revista Exame. A valorização dos imóveis acabou gerando uma intenção de compra, mesmo em meio às incertezas da pandemia.
Antes de crise, cerca de 43% dos entrevistados se diziam com disposição para fechar um negócio. Enquanto em junho essa taxa caiu para 25% com o fortalecimento de pandemia no país.
Então, segundo o estudo, mesmo tendo diminuído a taxa de intenção de compra, o mercado vê esse número de forma positiva em comparação ao mês de março, quando a intenção de compra chegou a apenas 20%.
Expectativas para o futuro
Passado o período mais crítico de pandemia, a expectativa do mercado imobiliário é de que aos poucos o setor retome suas atividades.
De imediato, o volume de negócios não será como estava antes, mas a retomada pode ocorrer de modo que a busca por imóveis para compra e aluguel passem a ter retorno.
Segundo o relatório de Consultoria Brain, uma das atitudes esperadas que pode ajudar o setor imobiliário, é o ajuste nas taxas de financiamento. Se for possível reduzi-las, será gerada uma ampliação na capacidade de compra.
Referências: Exame , Abrainc , Correio Braziliense.